A manhã é confusa, segunda-feira tem gosto amargo de remédio. Ou será só o tédio?
Levantar, se espreguiçar, abrir os olhos e imaginar que o dia será bom, que irei sobreviver. Olhar o relógio e perceber que os devaneios matutinos, devora o tempo mais de pressa que o sopro do vento. Correr até o banheiro, não reconhecer o ser que ali reflete, lavar o rosto com desespero, na esperança de que água fria faça retornar, quem já fui um dia. Escovar os dentes com pressa, se vestir mais rápido ainda, engolir o café da manhã, ter forças e não desistir. Caminhar os mesmos passos, chutar as mesmas pedras, escutar os sons dos passados e conversas que não me interessa. Encarar olhares desinteressados, rabiscar o necessário, observar aquela festa, tão vivos e tão jovens, desperdiçando a melhor peça..
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