quarta-feira, agosto 24, 2016

Memórias

Ainda enxergo nitidamente tua imagem, ainda ouço suavemente tua doce voz aveludada, ainda me lembro dos teus longos cabelos, lisos e grisalhos, a pele avermelhada, os olhos marcante. Índia? Cigana? Não encontro a melhor definição, só posso dizer que tua beleza singela e rara, toda a sinceridade, a simplicidade, o carinho, os abraços, os beijos e todos esses sentimentos que tua ausência nos proporcionou, é complexo demais para digerir. Você tornou-se uma grande estrela, mas tua luz radiante é inapagável, tanto do céu, quanto da memória.
O cheiro, a cor e os móveis da casa em que passei a infância vão mudar, os anos vão correr, as pessoas vão se distanciar, nada será igual, nada. Mas que fiquemos com as melhores lembranças, com as memórias fotográficas, com as lágrimas incontroláveis da nostalgia, que por incontáveis vezes apertará o peito e fará nos sentir vivos.
Difícil mesmo é esquecer o que faz parte de nós. A saudade vai arder, até que o último vestígio de memória, seja esquecido e felizmente, isso não acontecerá...

Nenhum comentário:

Postar um comentário